20.9.09

Eu falo por mim

Não quero com isso dizer que o amor não é bom sentimento, pois a vida é tão bela quando a gente ama e tem um amor.

15.9.09

Equalize

Por uma questão de conforto, eu sempre sento na última fileira de cadeiras da sala de aula. Alguns me chamam de fóbico social, mas eu nem ligo. O faço estrategicamente para o bem do meu pescoço, pois assim posso encostar minha cabeça para cochilar durante a exibição de filmes épicos, slides chatos e aulas monótonas de leitura. Pior é você deitar no braço da carteira, dando pinta pro teacher de que a aula está insuportável. Discrição, né?
Durante a última aula de artes, quando o professor estava passando uns slides sonolentos com pinturas de Goya, lá estava eu nessa posição. As divisórias da sala em que eu estava eram de compensado. Se eu batesse a cabeça nela, alguém que estivesse do outro lado igualmente encostado sentiria. Bati uma vez. Uma pessoa que estava lá na outra sala revidou e também bateu. Bati novamente. A pessoa revidou mais uma vez. E ficamos nesse joguinho por quase 10 minutos. O fato é que eu simplesmente me apaixonei por quem quer que estivesse naquela outra sala dançando comigo! Aquilo era uma dança, e estávamos arrasando no salão. Éramos o rei e a rainha do baile e patinávamos magestosamente pela pista ao som de uma mesma valsa. De um mesmo acorde e uma mesma melodia. Se existisse uma fresta no compensado e eu pudesse ver quem era meu par, acho que seria amor à primeira vista.
Eu senti que o amor é isso. É uma dança. É você e seu parceiro conseguirem ler a mesma partitura. Acontece quando estão equalizados numa mesma nota, ouvindo uma música de chico sincronicamente. Tudo isso regado à uma voz que vem de dentro e grita; vomita poética musical. Mas por enquanto eu não estou animado para requebrar o esqueleto. Somente ficarei aqui, vislumbrando as luzes refletidas no globo espelhado.

29.8.09

Os Outros

Vejo claramente um menino de blusa verde sentado no chão da facul com as havaianas roxas fora dos pés e lendo uma revista com cara de pseudo cult. Ele deve estar utilizando aquela revista como cano de escape para os problemas de relacionamentos que vem tendo com as pessoas. Também optou pelo silêncio como forma de defesa, preferindo isolar-se das ameaças que vêm sentindo do mundo inteiro. Seu nome é will, faz publicidade e tem 20 aninhos.
É exatamente assim que aquela pessoa que acabou de passar a 2 metros de mim me vê. Eu sei disso porque, recentemente, descobri que posso fazer a mágica de me desprender do meu corpo e encarnar em outra pessoa. Esse outro é capaz de visualizar o contexto em que me encontro, de forma nítida e panorâmica.
Ontem li algo muito interessante na SUPER INTERESSANTE, que me permitiu ligar essa situação com a timidez. Ó:
Medo de passar vergonha em público, de falar algo errado, de virar motivo de chacota, de se expor. De tão preocupados que são com a opinião alheia, acabam desenvolvendo um jeito estranho de se portar. É como se a todo o momento assistissem a um filme da própria vida na cabeça. Cada movimento e cada fala são ensaiados mentalmente, para que na hora que o mundo diga "ação" ele possa representar seu papel com perfeição. Tudo para evitar gafes. O tímido é um fingidor - finge tão completamente que dificilmente age com espontaneidade. E, nessa vida premeditada, acha que todo mundo repara nele também. Com todas as ações voltadas ficticiamente para ele, imagina que tudo conspira para dar errado, numa mistura estranha de narcisismo, insegurança e pessimismo. É aí que o tímido se cala.
A minha timidez chega a esse ponto. Será que esse negócio de me enxergar claramente é o extremo da dissimulação causada por ela? Não sei. Agir assim é meio paranoico. Agora mesmo enxergo alguém sentado na frente de um computador, roendo unhas, com beirut tocando nos fones de ouvido, com ressaca moral e aflito por um medo latente de amar. Que coisa louca. Em outro dia da semana vi um menino na biblioteca, que escreveu uma promessa num papel, rasgou o pedaço no qual estava escrita, amassou e engoliu, suplicando para que seu corpo digerisse aquele desejo de agir com naturalidade com as pessoas.
Eu lembro que um dos meus maiores desejos quando criança era me colocar no lugar de outra pessoa. Transferir pra mim os seus sentidos pra eu sentir suas dores e seus gemidos. Hoje, talvez eu esteja até conseguindo fazer mais ou menos isso. Com exceção de certas pessoas que eu nem sequer consigo entender o que seus lábios declamam pra mim. Ah céus! eu daria tudo pra saber o que se passa na cabeça delas! Talvez eu escreva esse pedido em vários papeizinhos e engula todos.

14.8.09

Amar: sei tudo

O amor é o que de mais perfeito existe. Ele te dar de comer. Ele te dar de beber. Ele te visita. Mas eu não quero mais isso, principalmente depois de ter assistido Moulin Rouge. Eu não quero mais essa venda tola que é colocada aos meus olhos. Eu não quero mais esse amor estético, vulgo, mentiroso e elitizado.

4.8.09

É paixão

O primeiro dia do curso de Publicidade foi incrível. O segundo também.
Isso tudo está me dando muito frio na barriga.

1.8.09

Não quero dinheiro

Jesus, onde eu fui me meter. Tudo bem, eu sei que o curso de Administração é incrível, rico em conhecimentos e bastante importante, tanto pra vida profissional quanto pessoal. Só que eu fico exposto a algumas pérolas ditas por professores.
Pérola 1 - Professor de Tópicos Avançados em Produção: "Sabe qual a diferença entre ser pobre e ser rico? É que o pobre faz o que gosta e o rico faz o que é preciso e se adapta a isso".
Pérola 2 - Professor de Mercado de Capitais: "Quem disse que o dinheiro não traz felicidade? Dinheiro traz felicidade sim, e muita. Quem é que acha diferente aqui?" E não deu chances para possíveis respostas de possíveis aluninhos anarquistas (eu? jamé). E se pelo menos ele tivesse dito que existem coisas que o dinheiro não compra, e que para todas as outras existe o Mastercard ou dinheiro, talvez eu não tivesse implicado com a cara e a filosofia de vida dele. Por sinal, ele só usa camisa da Addidas e sapato da Nike.
É nesse antro de obcecados por dinheiro que eu fui me meter. Eu acredito em outras concepções. Como a que dinheiro só é importante quando ele é a diferença entre ter fome e não ter. Não entre ser alguém ou não ser. E além disso, puta que pariu, quando a gente ama, não pensa em dinheiro. Quando a gente ama, só se quer amar, se quer amar, se quer amar.

Malbec

Eu odeio quando estou perto de qualquer pessoa e ela está usando Malbec. Eu tremo da cabeça aos pés.

Furação Rita C.

Que tempestade foi essa, eim? Quase que eu morria de tanta vontade de fazer sexo. Mas agora estou mais calminho, afinal, depois da tempestade vem a bonança. Mas até esse instinto ninfomaníaco desaparecer naturalmente, as coisas são tão alucinógenas - você se vê fazendo sexo em qualquer canto de parede. Deve ter sido somente mais uma crise normal, frequente e inevitável para quem está em abstinência. Falei do meu contrato de 3 anos de abstinência? Nem beijo durante esse período.
Rá, dizem as más linguas que eu não vou cumprir.

26.7.09

Eu quero ser índio?

Sinceramente, sabe qual é o problema? É desumano você dispender 75% ou 3/4 de seu tempo útil diário para o trabalho. Só vão restar 4 horas pra você dar um beijo no nariz do seu filho; entrar num curso de escoteiro pra aprender a fazer fogueira; sentar na calçada depois de uma corrida exaustiva para contemplar as folhas das árvores se mexendo; e colocar o mp4 no ouvido pra dançar descabeladamente a sua melhor música. Eu não quero viver pro trabalho. Não mesmo. Não acho justo. Mas já que ele é um mal necessário, não há outra opção a não ser ir em busca de fazer algo que o torne mais suportável. No meu caso, publicidade.
Há um projeto em trâmite no governo, pra diminuir a carga horário de trabalho de 44 horas semanais pra 40. Alguns dos nossos digníssimos e exemplares deputados acham isso inadmissível, principalmente no período de crise em que nós estamos, pois precisamos produzir mais para nos desenvolver. O pior é que eles estão certos. Mas o que fazer se o bolso dos empresários está em primeiro, segundo e terceiro lugar...
É nojento o fato de o dinheiro reger todas as relações sociais. Mas o socialismo não é a solução. Liberdade é pouco. O que eu quero não tem nome, ainda.

25.7.09

Isolamento

Devia existir um garoto que, como eu, também amasse os Simpsons e Baton, e que quisesse abraçar o mundo todo com seus singelos e quebradiços braços. Assim, eu não seria o único taxado por minha mãe como alguém que quer tudo ao mesmo tempo, que não dá atenção merecida a todas essas coisas e que não termina nada que começa. Conta-se a dedo o que concluí, segundo ela. Um foi o ensino médio e o outro será a faculdade de ADM, isto é, se não der aloka daqui pra lá.
Mas é sensato querer tudo, tudo, tudo pra si. Experimentar seria a palavra cunhada na parte branca da bandeira do Brasil. No entanto, isso se mostrou um problema quando eu quis todas, todas, todas as pessoas pra mim. Droga, isso é uma bosta. Carência é horrível. Precisar de pessoas pra se sentir completo é uma merda, apesar de eu ser um ser social. É foda ter que passar por cima de mim mesmo e dos meus princípios pra ter alguém. No meu caso, especificamente, eu tinha um grande problema: queria que todos me aceitassem. De acordo com um-livro-de-auto-ajuda-que-ganhei-no-meu-aniversário, eu estivesse querendo ser popular hoje - bem diferente daquele frutinha tímido que sempre chorava e nunca brigava na infância e na adolescência. O livro me sugeriu andar de mãos dadas com esse pirralho imaturo. O chamei para passear na cidade e o mostrei a realidade. Gente, isso me ajudou totalmente a me sentir auto-suficiente em relação às pessoas. É como se eu tivesse apertado o botão ‘foda-se’.
Mas ainda queria abraçar todos os quarenta da minha sala de Publicidade com meus singelos e quebradiços braços. De todas as mudanças positivas da conquista da auto-suficiência, essa eu não conseguia arrancar pela raiz. Eis que também consegui e era a isso que me referi no post Liberdade. Sim, consegui sentir o calor do sol e o verde da grama. E como em um efeito dominó, de quebra, parei de sentir necessidade mórbida de ter alguém pra amar junto de mim. Tudo bem que, nesta parte, eu tive uma ajudinha do amor que já sinto dentro de mim por uma certa pessoa. Vale lembrar que quero ter a amizade da galera de pub de uma forma diferente.
O que resta? Somente meu eu interior. Foi aí que eu descobri o quanto eu sou chato, bicho! Era inevitável eu não utilizar de artimanhas e armadilhas pra conquistar as pessoas no meu momento de carência. Era necessário maquiar esse mala aqui. Às vezes é desolador ficar sozinho comigo mesmo. Ainda bem que tu ainda gosta de os Simpsons e Baton.

21.7.09

Guilhotina

Por mim, eu deixaria meu cabelo crescer por mais seis iguais longos meses. Até lá, só iria aparando as pontas com uma tesoura de papel, ou uma gilette da Gilette. Eu nem ligo mesmo para rebeldia dessa criança. Até adoro ir à frente do espelho e assanhá-lo pra ficar parecido com um black power. Quem muito liga pra isso é toda minha família, que sempre fica dizendo que é uma desgraça um rapaz direito andar assim. Pois bem, fui ao cabeleireiro. Maquinei durante 1 semana a maneira que eu iria explicá-lo o jeito do meu corte - estilo Hitler - pois ele é um pouco feijão-com-arroz. Tive que adaptar para uma linguagem que ele estava acostumado a ter contato, já que seus clientes só fazem cortes normais. Haha! Foi super engraçada a cara que ele fez quando eu tentei explicar. Enfim. Alguns minutos antes de cortar, enquanto o esperava terminar de fazer os serviços nos moçoilos que chegaram antes de mim, eu peguei uma revista SUPER INTERESSANTE que estava jogada por perto, e comecei a folhear. Era uma edição de 2003 e a matéria da capa era sobre suicídio. Legal. Abri a revista e comentei comigo mesmo quanto a diagramação da SUPER era ruim naquela época - ainda bem que mudaram o editor chefe. Li umas pequenas matérias e cheguei nas páginas referentes à reportagem da capa. A primeira coisa que me chamou a atenção foi uma frase que estava em destaque, escrita mais ou menos assim: "as pessoas se suicídam porque suas vidas perdem sentido, pois já não têm ideais, sonhos e herois". Bingo, entendi aquela música de Pitty: "eu fui matando meus herois aos poucos, como se não tivesse nem uma lição pra aprender". Herois. Eu nunca tinha parado pra pensar qual a relação que nós temos com os nossos herois. Vi que tenho mandado todos os meus à guilhotina. Tasc! Tasc! Tasc! Como se eu num tivesse mais nada pra aprender. Tasc!
Meu estado atual é de desencanto. Até o amor, que eu tanto orava, perdeu a importância. Ainda amo? Amo, e como amo. Mas realmente perdeu a graça. Ah! que chata é a forma que o sistema todo funciona. Ah! que chata é a relação que temos aqui com todas as pessoas. Ah! que chato é a injustiça. Cansei e me desencantei. Nem sei qual a força que está me movendo.
Prova disso é que experimentei cigarro. É ótimo! principalmente Marlboro ICE (parece que estou chupando pastilha). Se eu começar a fumar na veras, só vou usar esse. E sou um artista fumando: controlo perfeitamente a fumaça que sai pelo nariz; dou batidinhas super elegantes pra bituca cair, etc... Mas e as consequências da fumo? Estou lidando com elas como uma forma de controlar minha morte, já que ficará mais claro do que eu posso morrer. E eu concordo que é uma forma de suicídio, que pessoas covardes, como eu, lançam mão. Mas fato: eu sou covarde, mas nem estou animado para aprender a ter coragem com meus herois. Que, por sinal, agora estão decaptados.
a p.s: por favor, não digam à mainha que eu experimentei cigarro.

Mudança de blog

Passei bons momentos no Idiotismo Esclarecido. Mas precisei me desprender dele, porque não estava conseguindo escrever mais 1 linha sequer. Não sei o porquê. No entanto, deixei todos os posts antigos neste novo.

2.7.09

Liberdade

Por Deus! É muito bom quando se arranca algo pela raiz. E não me refiro à carência que citei no post anterior, e sim à outra coisa que me atormentava. Sinto por não poder falar aqui o que aconteceu. Só quero mesmo gritar que estoy libre! libre! =D Libre vei! estoy libre! Livreee! Freeee!! caraleo. EU ESTOU LIVRE.
Agora estou sentindo o calor do sol.
E essa grama? como ela é verde!

23.6.09

Desabafo

will diz:
Por Deus! eu me dou melhor com os meus bichos do que com gente. Quando vejo o meu cavalo livre e solto no prado - tenho vontade de encostar meu rosto no seu vigoroso e aveludado pescoço e contar-lhe a minha vida. E quando acaricio a cabeça de meu cão - sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.
will diz:
o que você achou disso.
Maro Jr. diz:
desabafo
Maro Jr. diz:
e dos bons
will diz:
hum =) a minha última crise foi justamente à respeito disso.
will diz:
as pessoas cobram que eu seja engraçadinho, principalmente agora que eu vou fazer comunicação.
will diz:
me senti um deslocado, porque eu não sou engraçadinho. não faz parte de mim isso.
will diz:
foda-se.
Maro Jr. diz:
olha willamis, não sei...
Maro Jr. diz:
mas não tás afim d alguém que supra esse 'vácuo'
Maro Jr. diz:
?
will diz:
minto eu, essa foi minha penúltima crise. a última foi em relação à minha carência de ter alguém pra me entir completo. odeio isso em mim, mas uffaaaa, depois que eu li uma parte de um livro de auto-ajuda que ganhei no meu niver, melhorei isso em mim. amém =)
will diz:
minto eu.
will diz:
aquela foi minha anti-penultima crise. essa da carência foi a penúltima, e a última crise foi a respeito de me sentir oco e vazio, sem sentido sem ter alguém que me complete.
will diz:
tipo.
will diz:
eu consegui me adaptar para sobreviver sem alguém.
will diz:
mas esse alguém é que me dá sentido.
will diz:
só que hoje eu consigo viver sem esse alguém que me completaria.
will diz:
o problema é que minha vida perde sentido =)
will diz:
então antes de ontem eu quis morrer =) pois num teria nada à perder.
will diz:
na moral =) aí senti vontade de fumar, pra fuder meu pulmão
will diz:
mas cigarro tá caro.
will diz:
e catinga. aí minha mãe iria saber.
will diz:
no mais, estou tinindo de bem =)

23.2.09

O ano da glória

Eu não brinquei quando disse, no post anterior, que estava sem perspectivas este ano. No dia em que me peguei com 17 camisinhas nas mãos, fiquei em dúvida sobre qual seria a porcentagem de utilização desses preservativos em sexo e em masturbação. E, como em um efeito dominó, percebi que eu não estava perdido só nesta dúvida, mas sim em vários outros pontos da minha vida. Fódeu. Não estava nenhum pouquinho afim de enfrentar os "quem sou eu, onde estou, de onde vim, pra onde irei". Mas a realidade é que eu realmente estava sem metas, sem foco, sem motivos neste ano.
Faço um paralelo com o Ano da Glória de 2008 e percebo que o contexto de hoje é bem divergente com o desse glorioso ano. Em 2008 sim, eu tinha um objetivo: viver tudo e da forma mais intensa e feliz possível. Eu atingi tão bem essa meta que estaria arrotando satisfação se só tivessem me dado 2008 para viver. Talvez, de uma maneira ou de outra, tenha sido isso o que aconteceu.
*01 de janeiro de 2008
31 de dezembro de 2008
Nasci em 01 de janeiro de 2008 (na verdade foi 29 de dezembro de 2007) e morri dia 31 de dezembro de 2008. É como se hoje eu estivesse morto, com o único objetivo de alimentar as formigas que tão na minha boca. Não, não, relaxem. Apesar disso eu estou bem. Só não estou encantado. Não estou matando e morrendo por um pote de ouro. Estou empurrando com a barriga. Não estou defendo vitalmente todos os meus princípios. Semana passada, por exemplo, deletei do meu orkut a comunidade Autenticidade. Foda-se se sou autêntico ou não.
puft. Como foi bom aquele saudoso e glorioso ano de 2008 (L)_(L)

Hum...

Este ano estou super sem perspectivas. O que eu faço, por exemplo, com as 17 camisinhas que eu ganhei no carnaval? hum...

12.2.09

Coisa de mulherzinha

Descobri que se eu entrar em casa usando um piercing na orelha, meu pai o arranca com um alicate, e isso se ele não me pôr na rua. Como mainha é um pouco mais compreensiva, me disse que podia colocar piercing até naquele canto, mas só quando meu pai morrer. Colocar antes disso seria insultar a honra e a autoridade dele, e de quebra, garantir moradia na Rua do Hospício com uma das orelhas dividida no meio. Rua do Hospício porque lá tem um monte de hippies bem legais =). Inclusive comprei uma tornozeleira lá, e puts, eles aparentaram ser super paz e amor. Enfim, me senti um objeto que parecia ter dono.

22.1.09

Amo

Deixem-me completamente nu, mas me deixem com amor. Percebi que esse sentimento me dá vida. E já que não quero falecer, hoje decidi amar um anjo. Poderia ter escolhido amar uma pedra, tanto faz. O importante é que amo, e isso me basta. Já leu o que está escrito em I Coríntios 13:1? Ainda que eu falasse a língua dos homens... blá blá blá... Nunca vi um discurso que transbordasse tanta verdade.

11.1.09

Indignação

- Pi-pi-pi-pi, pi-pi-pi-pi, pi-p...
- Puta que pariu. São 5:30 da manhã e eu tenho que levar esse cachorro filho da mãe pra passear. Eu queria tanto que ele morresse. Aff. Pra que painho tem que viajar, em? Aí eu tenho que levar esse viado pra cagar a essa hora da madrugada. cacete.
- Au! Au! \o/
- Vamo apolo. Vaaaaaaaaaiiiiiiiiiiii! pááááááááááraaaaa! A--p--o--l--o!!!!! Vem. Por aqui!!! Porraaa apoloooo, vai te fudêê!!!
- Grrrr
- Hunf, bora ver quem é mais forte. Eu sou humano apolo, e tu é só um merda de um cachorro.
- Grrr
- Apolo, eu juro a tu: se tu num cagar aqui e deixar pra fazer em casa, eu coloco a merda de volta no teu cu.
- Grrr
- Páááááaraaaa de comerrr lixoooooo!! tem comida em casa não é? Quem vê, pensa que tu tá morrendo de fome. Ah! quer saber. Coma, quem sabe aí num tem vidro misturado com cola. Aí tu morre e eu vou ficar tão feliz com isso.
- Grrr
- Apolo, tu tá tirando onda com minha cara né? Tá me achando com cara de palhaço é? POR AÍ NÃO, APOLOOO!! hunf. Já sei meu amorzinho pretinho do papai: quer ir pela avenida não? lá é tão legal e tem um monte de carro bem legal. Vem..
- Grrr
- É o que Apolo? Tinha aquela terra todinha ali e tu vem cagar aqui na calçada da mulher? Chega! Cansei! Bora, bora. Eu quero ver se tu vai cheirar mijo agora.
- Coff! Coff!
- Pronto. Fica aí miserável.

9.1.09

Tatuagem

Não é história de pescador, mas um dia eu senti um sentimento tão grande, tão grande, tão grande que, com toda certeza, vai demorar uma eternidade pra desaparecer por completo de mim. Ele era desse tamanho \o/, mas juro que seu peso só fazia cócegas por todos os poros do meu corpo.
Quando eu conto ninguém acredita. Por isso decidi fazer uma tatuagem que simbolizasse concretamente esse sentimento. Porque, afinal, tatuagens também são eternas.
Depois de tomar essa decisão, escolhi a imagem que traduzisse esse sentimento; escolhi o lugar do corpo; consultei pessoas experientes para tirar dúvidas; perguntei o preço da arte; consegui o dinheiro; consultei pessoas experientes de novo, e foi aí que amanda me disse:
"will, ela tem que ser muito importante pra você e tem que ser feita pra você, e jamais pra outra pessoa."
Percebi que tinha pecado na escolha da imagem, pois vi que ela não representava somente esse sentimento que está em mim. Então vou ter que adiar essa tatoo, para o dia em que eu achar uma imagem que simbolize exclusivamente isso que sinto.