2.7.08

Não sou o pior cego

Acabei de sair de um relacionamento. Foi tudo muito bom e construtivo, pois entendi algumas questões sobre mim e aprendi horrores como ser humano. Só acrescentei coisas boas à minha vida com tudo isso. Mas alguns ainda dizem que não precisamos de outras pessoas pra sermos felizes. E eu me questiono por que eu me sinto tão completo com outrem que só pode me fazer bem? Nunca entendi essa contradição, e não vejo nenhum problema em querer dividir escovas de dentes pra me sentir bem, independente de estar ou não extremamente realizado. Se alguém conseguir me esclarecer esse sábio provérbio, pode escolher o próximo assunto do blog.
Mas a minha intenção nesse post é mostrar meu grilo diante de outra coisa que também não entra na minha cabeça. É que depois do término da minha relação, três pessoas me disseram que o sentimento é assim:
- hummmmm... deixa eu ver. Eu quero amar aquela ali.
- Essa do meio?
- Não! não! a da ponta mesmo. E me tira uma dúvida: é possível amá-la com a intensidade 3?
- Claro. O senhor é quem manda aqui.
- Rsss
- Ah! E vai querer amar por quanto tempo?
- Acho que 1 ano e 6 meses tá bom.
- Ok então. Só 1 minutinho que sua encomenda já vai estar pronta.
- Obrigado =)
Quer dizer, só faltaram me dizerem isso. Será que eu não estou enxergendo a essência da coisa? Juro que certas reflexões matam meus neurônios, mas não chego a nenhuma conclusão.
Aproveitando a deixa, alguém poderia me explicar a frase de clarice Lispector: "Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a última coisa que se pode dar de si." Se eu conseguir entender o que danado é essa solidão, pode sugerir os assuntos dos três próximos posts do meu blog.

2 comentários:

Tiago Fagner disse...

Esse é um dos comentários mais complexos que já vi sobre relacionamento,tenho todo o direito de ficar confuso. Nossa, nossa, nossa!

will disse...

nossaa, essa tal de solidão é mais comum do que eu pensava. Olha o que Nietzsche fala sobre ela: "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia."