24.4.08

José Willamis

É um enorme passo conseguirmos ir à primeira consulta de um psicólogo. Dá um frio na barriga incrível, acho que até maior do que uma que precisamos ficar nus. Mas depois que sentamos no divã, o medo vira entusiasmo. Ter uma pessoa te ouvindo e pronta pra te ajudar é tão bom. Vai ser muito produtivo pra mim essas conversas, e não tenho dúvidas quanto a isso. Na primeira consulta eu falei – até mais do que esperava - durante 94% do tempo. Percebemos que alguns pontos realmente precisam ser trabalhados em mim, além de eu ter recebido alguns conselhos.
Não vou ficar descrevendo aqui todos os processos que acontecem ou que acontecerão naquela salinha, até mesmo por ética profissional. Apesar disso, eu queria expor um texto que a psicóloga me propôs a fazer: Quem sou eu.

A auto-análise é difícil de ser feita, principalmente se o personagem não possui uma vasta bagagem de experiências. Há ainda uma tendência de ressaltarmos mais nossas qualidades que os defeitos. É muita prepotência dizermos: “não tenho defeitos”. Então para tentar equilibrar meus prós e contras, vou me transformar em uma 3ª pessoa, que estaria observando meus comportamentos de uma arquibancada fictícia. O resultado ficará um pouco distorcido, mas só com esse artifício se torna mais fácil esboçar um perfil do jaboatonense José Willamis. Logo, quem vê de longe me percebe dessa maneira:

Um dos pontos mais fortes no will é a segurança. Tem a convicção naquilo que faz e no que diz. Ele é super legal e engraçado, apesar de ser um pouco careta. Isso porque ele precisa beber um pouco e sair mais pra se divertir, pois a vida é tão curta. Às vezes eu tenho a impressão de que ele dissimula o tempo todo na relação entre as pessoas. Tão mecânico e superficial, moldando-se com facilidade às nossas necessidades. Acho isso chato. Mas se houver um verdadeiro will, será que ele é insuportavelmente chato ou extremamente divertido? Ah! Também vale lembrar o quanto é sincero, dizendo tudo o que lhe vem à cabeça. Entretanto, devido sua persistência e força de vontade, chegará muito longe no futuro.

Talvez seja mais ou menos esse desenho que uma 3ª pessoa faria de mim. Agora, com essa análise exterior, fica mais fácil um comentário meu sobre eu mesmo. Concordo e discordo de algumas coisas descritas nele. Sou muito inseguro; acho que dissimulo sim, por não poder ser eu mesmo; estou absorvendo a filosofia “carpe diem” aos poucos; adoro ser sincero. Quanto à força de vontade, eu tenho de sobra, mas para os objetivos eu, josé willamis dos santos, traço pra mim. Uma criança feliz; um adolescente triste e um adulto promissor e realizado.

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