Meu infinito particular

Os cri-cri da sociedade moderna criticam muito a proliferação dos fones de ouvido. Argumentam que eles acabam isolando as pessoas em seu mundinho particular, não permitindo que interajam com o meio social. Afinal, a comunicação e interação entre as pessoas é fundamental para um mundo mais solidário.
Espero não estar me tornando um ser egocêntrico com coração de pedra, mas se eu pudesse nunca desconectaria meu mp3 player de 256 MB dos meus ouvidos. Faço questão de pôr os fones e me desligar completamente do que acontece ao redor. Adoro! Exploda-se! É tanta informação inútil; é tanta coisa idiota que acontece; é tanto lixo sonoro. Prefiro mil vezes estar limitado ao meu mundo (o que tem atualmente no meu player: Mika, Björk, Rihanna, Amy Winehouse, Madonna, Ana Carol, Vercilo e claro, Nova Brasil FM 24 horas por dia).
E onde entra a unimultiplicidade? Às vezes, destampo a rolha (vulgo fone) e tento perceber se o ambiente vai me trazer algo que eu considere construtivo. Além disso, há locais em que não é permito o uso dessa ferramenta autista, como a igreja. Então é inevitável não absorver nesses momentos.

Ouvindo meu eme pê três playerzinho ouvi essa frase de Marisa Monte: "só não se perca ao entrar no meu infinito particular"