17.2.08

Prazeres

Eu adoro andar de ônibus. Algumas pessoas não entendem quando faço essa afirmação, e ficam rindo como se eu tivesse viajando na maionese. Então acho que nasci pra ser antropólogo, porque não tem coisa mais interessante do que a interação humana que podemos vivenciar naquela mini sociedade extratificada de pequenos mundos diferentes, formando um conglomerado de cultura, de op... resumindo, com aquela bagaçeira de exêntricos. Adoro! Simplesmente, é uma das melhores partes do meu dia.
Antigamente eu pegava muito a linha Candeias/Boa Viagem, e achava que me divertia. Foi nostálgico andar na minha lata de sardinha/coração de mãe. Achava que me divertia, porque conheci recentemente a linha Cajueiro Seco. Minha gente, foi tão pouco tempo, mas já me sinto emocionado pelas experiências que ele me proporcionou. Numa terça-feira extremamente quente, tendo que ficar em pé pela quantidade excessiva de pessoas, começaram a cantar dois rapazes que realmente achavam que cantavam muito bem. Tá, mas uma senhora não precisava dizer isso à eles em alto e bom som né? Várias pessoas (obs: prazerenses nativos e aculturalizados) apoiaram a senhora com alguns comentários ou com rizinhos cínicos. E eu pensei: "só podia ser de Prazeres". E quando o destino final dos cantores chegou, começa uma briga bem humorada entre os "Luciano Pavarotti" e os retardatários que não tiveram a oportunidade de se expor. Terminou com meia dúzia de foras. E eu pensei: "Aff, acabou! só podia ser de Prazeres". Mas não sei por que toda essa discussão dispertara um instinto Nazaré Tedesco em uma outra moça. Ela estava ávida por brigas, reclamava de tudo poha! da mulher lerda, poha! do calor, poha! por estar em pé, poha! da freiada, poha! do empurra-empurra, poha! Isso não aconteceria no 1º Jardim de Boa Viagem.

Um comentário:

Brasnetto disse...

Eu lá não gosto muito de busão não, mas tem lá suas compensações... rsrs Ah, experimenta pegar o Rio Doce/CDU aquilo é um outro planeta! Abraços...

PS. Obrigado pelo comment!